Este encontro foi realizado no dia 28-05-09. Iniciamos com a leitura do texto "Reforma Ortográfica", onde o educador se autoavalia em relação a sua autoestima enquanto ser humano, dentro do trabalho que ele realiza. Fizemos reflexões muito boas e proveitosas, onde cada um deu sua opinião e foi respeitado o espaço dos mesmos para se colocarem diante do grande grupo.
Em seguida fiz uso de uma dinâmica que batizei de "sabatina". Preparei uma bola com vários pedaços de papel, onde neles estavam escritas algumas perguntas sobre os gêneros textuais, letramento e alfabetização. A bola ia passando de mão em mão até a música parar de tocar. O cursista que estivesse com a bola na sua mão, responderia a pergunta relacionada àquele pedaço do papel. E assim, a bola foi passando, até que foram respondendo às pergunta e retirando muitas dúvidas em cima do assunto.
Aproveitando ainda o texto de cordel "A excomunhão da vítima", iniciei a turma para a discursão das diferentes tipologias textuais. No caso do cordel, começamos pelos tipos descritivo e narrativo. Então, dividi a sala em grupos e entreguei a cada um deles o nome de um objeto (garfo, escova de dente, sapato, etc...). A primeira coisa que eles tinham que fazer era descrever o objeto indicado, sem dar nome ao mesmo. Depois, troquei as produções feitas pelos grupos e cada um fez a leitura, tentando descobrir do que se tratava. Foi muito divertido, além de importante, pois a sala ficou mais descontraída enquanto procurava entender a descrição. No final, todos conseguiram identificar o que foi pedido anteriormente.
Com o texto em mãos, os grupos agora deveriam criar um história, em que o personagem principal fosse o objeto descrito. E foi, trabalhando desse jeito, que conseguimos entender melhor o tipo narrativo.
As expectativas deste encontro foram bem trabalhadas, pois além desses dois pontos, conseguimos trabalhar também o tipo injuntivo e o preditivo.
A próxima meta foi fazer a leitura de uma crônica de Rubem Braga "Resposta ao 903", fazendo um paralelo com "Cidadezinha qualquer" de Carlos Drumond de Andrade, onde o estilo de vida é completamente diferente do outro.
Depois distribui uma tabela onde os professores teriam como tarefa, completá-la, retirando desses dois textos, alguns trechos em que aparecessem as mais diversas tipologias.
Durante essa atividade, também foi dado um enfoque muito grande aos tipos argumentativo e expositivo, deixando mais claro aos cursistas a maneira de se trabalhar com eles em sala de aula.
Finalizamos os trabalhos com uma reflexão em cima da "Parábola da rã", onde nos é mostrado o porquê de não se desistir dos sonhos, mesmo que muitos sejam contrários a eles. Em seguida assistimos a um clip com Gabriel, o pensador, em que ele interpreta a música "Estudo errado"(de sua autoria), onde é feita uma crítica muito séria diante do verdadeiro papel da educação na sociedade. Fizemos uma avaliação rápida de tudo que foi vivenciado neste dia e chegamos à conclusão que o mesmo foi muito proveitoso, visto que todos saíram satisfeitos com o evento.
E assim chegamos ao final de mais uma oficina. Este grupo que me acompanha é fomado de 22 pessoas e se mostra bastante homogênio, pois tudo que é oferecido eles recebem com entusiasmo e demonstram grande comprometimento com as idéias do Projeto Gestar II. Está sendo uma satisfação imensa fazer parte deste trabalho, pois percebemos uma enorme cumplicidade entre todos.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
RELATÓRIO I - OFICINA Nº 5
No dia 07-05-09 demos início a mais um encontro com os professores cursistas. Começamos com a leitura do texto "O grupo é assim", para que todos conseguissem entender a importância do trabalho em grupo e que sozinhos não faríamos muita coisa.
Houve momentos de indagações em cima do que vinha a ser colaboração e muita coisa foi esclarecida, pois estávamos ali para somar com os outros e não para mostrarmos que sabíamos mais do que eles.
Em seguida recolhi os portifólios para fazer uma leitura dinâmica dos memoriais escritos por eles, aproveitando para avaliar o avançando na prática que foi sugerido no encontro anterior.
O grupo escolheu trabalhar em sala de aulas o cordel que, além de ser uma subclassificação do gênero poético, é um texto muito conhecido na nossa região. As turmas iam do 6º ao 9º ano e, cada cursista fez seu depoimento, mostrando os pontos positivos e negativos da atividade.
Percebemos que surgiram algumas dificuldades, como controle do barulho em sala, agitação dos alunos para iniciar o trabalho e entendimento do objetivo. Contudo, ficou bem claro para todos, que a tividade foi satisfatória, porque os mesmos adoraram fazer uma experiência diferente. No final de todo processo, os alunos teriam que escrever, em cordel, sobre qualquer tema atual.
O que mais me impressionou foi o depoimento da professora Sandra, que trabalha com uma turma do EJA(Educação de Jovens e Adultos). A primeira coisa que ela falou durante o relato da experiência foi que aprendeu como ela substimava seus alunos, pois eles a surpreenderam. O trabalho ficou excelente, bem elaborado, e dentro de uma turma em que as idades variam entre 14 e 68 anos. Este trabalho encontra-se no e-mail da prof. Tamar e tentarei anexá-lo a este blog para que vocês possam avaliar a grandiosidade do projeto.
Em seguida, foi distribuído o texto "A excomunhão da vítima", um cordel em que era contada a história da menina de 9 anos que sofreu um aborto após ter sido estuprada pelo padastro. A igreja católica entendeu que o crime dos médicos foi maior do que o do pai, então excomungou a todos. Isso serviu de crítica em muitos veículos de comunicação, inclusive na criação deste cordel.
Para finalizar, fizemos um apanhado de tudo que foi visto durante o encontro e, chegamos a conclusão de como é importante e diversidade de pesquisas em Educação. Para a próxima oficina usaremos uma dinâmica diferente para avaliar o desempenho dos educadores.
Houve momentos de indagações em cima do que vinha a ser colaboração e muita coisa foi esclarecida, pois estávamos ali para somar com os outros e não para mostrarmos que sabíamos mais do que eles.
Em seguida recolhi os portifólios para fazer uma leitura dinâmica dos memoriais escritos por eles, aproveitando para avaliar o avançando na prática que foi sugerido no encontro anterior.
O grupo escolheu trabalhar em sala de aulas o cordel que, além de ser uma subclassificação do gênero poético, é um texto muito conhecido na nossa região. As turmas iam do 6º ao 9º ano e, cada cursista fez seu depoimento, mostrando os pontos positivos e negativos da atividade.
Percebemos que surgiram algumas dificuldades, como controle do barulho em sala, agitação dos alunos para iniciar o trabalho e entendimento do objetivo. Contudo, ficou bem claro para todos, que a tividade foi satisfatória, porque os mesmos adoraram fazer uma experiência diferente. No final de todo processo, os alunos teriam que escrever, em cordel, sobre qualquer tema atual.
O que mais me impressionou foi o depoimento da professora Sandra, que trabalha com uma turma do EJA(Educação de Jovens e Adultos). A primeira coisa que ela falou durante o relato da experiência foi que aprendeu como ela substimava seus alunos, pois eles a surpreenderam. O trabalho ficou excelente, bem elaborado, e dentro de uma turma em que as idades variam entre 14 e 68 anos. Este trabalho encontra-se no e-mail da prof. Tamar e tentarei anexá-lo a este blog para que vocês possam avaliar a grandiosidade do projeto.
Em seguida, foi distribuído o texto "A excomunhão da vítima", um cordel em que era contada a história da menina de 9 anos que sofreu um aborto após ter sido estuprada pelo padastro. A igreja católica entendeu que o crime dos médicos foi maior do que o do pai, então excomungou a todos. Isso serviu de crítica em muitos veículos de comunicação, inclusive na criação deste cordel.
Para finalizar, fizemos um apanhado de tudo que foi visto durante o encontro e, chegamos a conclusão de como é importante e diversidade de pesquisas em Educação. Para a próxima oficina usaremos uma dinâmica diferente para avaliar o desempenho dos educadores.
OFICINAS INTRODUTÓRIAS: o início de tudo!
No dia 16-04-09 iniciou aqui em Olinda, o Projeto Gestar II para professores de Língua Portuguesa. Foi feita uma reunião pela nossa Regional (Metropolitano Norte) com os educadores de diversas escolas para que o projeto fosse apresentado a eles pelos formadores.
No começo tivemos um momento de acolhida, onde foi lido o texto"É hora de validação", retirado da revista Veja. Foram feitas reflexões e surgiram alguns questionamentos, pois o mesmo falava do valor que cada pessoa possui, independente da profissão que exerça. A integração foi muito boa e então, partimos para o objetivo central, que era a apresentação de tudo. Nas salas, cada grupo de professores(eram cerca de 20), recebeu o quite completo do Gestar, com os TPs, o guia geral e os AAAs. Tudo foi apreciado com calma e percebi que todos estavam muito curiosos e envolvidos com o mesmo pois, desta vez, tratava-se de uma formação continuada, e não mais uma "capacitação".
Em seguida foram explicados todos os processos do projeto, tais como: objetivo, tempo de horas, aulas presenciais e semi presenciais, oficinas, projetos, etc.
No sefundo momento, os cursistas foram divididos em grupos e receberam, do formador, um envelope contendo diversos recortes de jornais e revistas. O primeiro trabalho deles era separar as gravuras da maneira que eles achassem melhor. A maioria optou por gêneros textuais e, uma boa parte, preferiu trabalhar em cima das funções da linguagem.
Na continuidade os grupos apresentaram para a sala toda como foi feita a divisão e depois começamos, literalmente, a explanação oral sobre "Gêneros literários". Usamos também recursos de multimídia, como, slides, power point, para um melhor aprofundamento do assunto, como também com o objetivo de facilitar o entendimento do tema abordado.
Trabalhamos com diferentes tipos de gênero e, muitas dúvidas foram retiradas, pois a participação de todos foi muito importante para que o trabalho fluisse com mais leveza.
Encerramos o encontro com um texto de motivação, deixando para a próxima reunião uma avaliação mais detalhada de tudo que foi visto hoje.
No começo tivemos um momento de acolhida, onde foi lido o texto"É hora de validação", retirado da revista Veja. Foram feitas reflexões e surgiram alguns questionamentos, pois o mesmo falava do valor que cada pessoa possui, independente da profissão que exerça. A integração foi muito boa e então, partimos para o objetivo central, que era a apresentação de tudo. Nas salas, cada grupo de professores(eram cerca de 20), recebeu o quite completo do Gestar, com os TPs, o guia geral e os AAAs. Tudo foi apreciado com calma e percebi que todos estavam muito curiosos e envolvidos com o mesmo pois, desta vez, tratava-se de uma formação continuada, e não mais uma "capacitação".
Em seguida foram explicados todos os processos do projeto, tais como: objetivo, tempo de horas, aulas presenciais e semi presenciais, oficinas, projetos, etc.
No sefundo momento, os cursistas foram divididos em grupos e receberam, do formador, um envelope contendo diversos recortes de jornais e revistas. O primeiro trabalho deles era separar as gravuras da maneira que eles achassem melhor. A maioria optou por gêneros textuais e, uma boa parte, preferiu trabalhar em cima das funções da linguagem.
Na continuidade os grupos apresentaram para a sala toda como foi feita a divisão e depois começamos, literalmente, a explanação oral sobre "Gêneros literários". Usamos também recursos de multimídia, como, slides, power point, para um melhor aprofundamento do assunto, como também com o objetivo de facilitar o entendimento do tema abordado.
Trabalhamos com diferentes tipos de gênero e, muitas dúvidas foram retiradas, pois a participação de todos foi muito importante para que o trabalho fluisse com mais leveza.
Encerramos o encontro com um texto de motivação, deixando para a próxima reunião uma avaliação mais detalhada de tudo que foi visto hoje.
MEMORIAL DE LEITURA-PALOMA CAMAROTTI RIBEIRO DE OLIVEIRA
MEMORIAL DE LEITURA - "Sei por ouvir dizer..."
Desde muito cedo aprendi a gostar de histórias ouvindo os "causos" que meu avô contava quando íamos passar as férias com ele no engenho. Descobri que podia fazer viagens fantásticas e dali por diante não me separei de um livro.
Sempre estudei em colégio particular mas, quando estava cursando a 2ª série primária fui transferida para uma escola da rede estadual, pois meu pai tinha começado a construir a casa e não podia bancar as duas coisas ao mesmo tempo. Mas é dessa escola que tenho as melhores lembranças da minha infância. Havia um professora, que toda unidade, doava prêmios aos melhores alunos da sala. Por duas vezes, na 3ª série, fiquei no terceiro lugar e meu presente foi um livro de histórias. Meus colegas começaram a rir, pois livro não era presente. Presente era: roupa, perfume e brinquedos. Livro era visto como castigo. Pra mim não. Eles não tinham idéia de como eu gostava dessas coisas, como eu me sentia rica, feliz.
Anos depois a situação lá em casa melhorou e o 1º e 2º graus pude voltar para o colégio Imaculado Coração de Maria( um dos mais conceituados da minha cidade). Fiz até a 8ª série. Depois fui para um colégio que preparava para exames do vestibular, era o União colégio e Curso. Fiz até o 3º e depois fui classificada para o curso de Letras na UFPE.
Desde curso tenho recordações excelentes. Lembro de ter feito a cadeira de Estética com o professor Ariano Suassuna. Ao iniciar suas aulas, ele apontava para o próprio corpo e dizia:"a estrutura do belo...". Foi ai que comecei a entender que a beleza está nos olhos de quem vê, e não da pessoa que é vista. Fiz mais adiante a cadeira de prática de ensino, com a professora Mirta Gonçalves, que praticamente me ensinou tudo que sei. Ao vê-la dando aula, eu dizia pra mim mesma:' um dia quem estará aí na frente sou eu, dando cursos para uma platéia maior do que essa e todos prestando atenção". Como eu gostava de falar em público, diferente de muitas pessoas que estudavam comigo.
Assim que conclui o curso, comecei a trabalhar como professora da rede estadual de Pernambuco, onde completei l8 anos de sala de aula. Faço o que faço, com um prazer inanarrável. Nunca olhei para meus alunos como alunos e sim como amigos, cúmplices de um mesmo ideal. A leitura é uma coisa que jamais me deixará sozinha, pois um bom livro é uma companhia maravilhosa para o ser humano.
Com esse tempo todo de trabalho e dedicação, descubro a cada dia que tenho que aprender muito ainda, pois o que eu sei é muito pouco diante de tanta coisa.
Continuo em Educação pois acredito que se tem condições de fazer um trabalho melhor, diferenciado, onde o aluno faça parte de todo o contexto e não funcione apenas como objeto receptivo de informações.
Sempre estudei em colégio particular mas, quando estava cursando a 2ª série primária fui transferida para uma escola da rede estadual, pois meu pai tinha começado a construir a casa e não podia bancar as duas coisas ao mesmo tempo. Mas é dessa escola que tenho as melhores lembranças da minha infância. Havia um professora, que toda unidade, doava prêmios aos melhores alunos da sala. Por duas vezes, na 3ª série, fiquei no terceiro lugar e meu presente foi um livro de histórias. Meus colegas começaram a rir, pois livro não era presente. Presente era: roupa, perfume e brinquedos. Livro era visto como castigo. Pra mim não. Eles não tinham idéia de como eu gostava dessas coisas, como eu me sentia rica, feliz.
Anos depois a situação lá em casa melhorou e o 1º e 2º graus pude voltar para o colégio Imaculado Coração de Maria( um dos mais conceituados da minha cidade). Fiz até a 8ª série. Depois fui para um colégio que preparava para exames do vestibular, era o União colégio e Curso. Fiz até o 3º e depois fui classificada para o curso de Letras na UFPE.
Desde curso tenho recordações excelentes. Lembro de ter feito a cadeira de Estética com o professor Ariano Suassuna. Ao iniciar suas aulas, ele apontava para o próprio corpo e dizia:"a estrutura do belo...". Foi ai que comecei a entender que a beleza está nos olhos de quem vê, e não da pessoa que é vista. Fiz mais adiante a cadeira de prática de ensino, com a professora Mirta Gonçalves, que praticamente me ensinou tudo que sei. Ao vê-la dando aula, eu dizia pra mim mesma:' um dia quem estará aí na frente sou eu, dando cursos para uma platéia maior do que essa e todos prestando atenção". Como eu gostava de falar em público, diferente de muitas pessoas que estudavam comigo.
Assim que conclui o curso, comecei a trabalhar como professora da rede estadual de Pernambuco, onde completei l8 anos de sala de aula. Faço o que faço, com um prazer inanarrável. Nunca olhei para meus alunos como alunos e sim como amigos, cúmplices de um mesmo ideal. A leitura é uma coisa que jamais me deixará sozinha, pois um bom livro é uma companhia maravilhosa para o ser humano.
Com esse tempo todo de trabalho e dedicação, descubro a cada dia que tenho que aprender muito ainda, pois o que eu sei é muito pouco diante de tanta coisa.
Continuo em Educação pois acredito que se tem condições de fazer um trabalho melhor, diferenciado, onde o aluno faça parte de todo o contexto e não funcione apenas como objeto receptivo de informações.
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